O Hospital Infantil Dr. Jeser Amarante Faria, de Joinville, em parceria com a entidade filantrópica Global Spine Outreach (GSO), realizará, entre a próxima segunda e quinta-feira, de 5 a 8, a sexta edição do mutirão de cirurgias de coluna. O objetivo da ação, além de reduzir o tempo de espera pelo procedimento, é oportunizar o tratamento adequado e qualidade de vida para crianças e adolescentes com escoliose no estado.

Desde o início deste projeto, em 2022, foram realizados cerca de 52 procedimentos cirúrgicos, o que diminuiu o tempo de espera pelo procedimento. O médico Ricardo Acácio, ortopedista do Hospital Infantil e coordenador da campanha, descreve a ação como um esforço conjunto da equipe de profissionais do hospital e voluntários que se doam pela causa.

“Esse projeto contribui para diminuir a fila de espera pelo procedimento cirúrgico em Santa Catarina e, acima de tudo, proporciona um olhar humanizado, incentivando outros profissionais a doar seu tempo e conhecimento em prol de uma causa muito maior”, destaca o médico. O projeto também conta com o apoio dos ortopedistas do Hospital Infantil, Rodrigo Lauffer e Carlos Maçaneiro.

A ação filantrópica conta com o apoio de empresas privadas e profissionais voluntários, incluindo cirurgiões dos Estados Unidos, Ribeirão Preto (SP) e Campinas (SP). Para essa edição, 50 crianças e adolescentes passarão por atendimentos ambulatoriais e dez por procedimento cirúrgico.

A seleção dos pacientes é realizada a partir da fila do Sistema de Regulação (Sisreg), avaliando a gravidade da sua condição clínica. Os pacientes que já fazem acompanhamento ambulatorial, após o procedimento cirúrgico, terão acompanhamento com a equipe no ambulatório de ortopedia da instituição.

O Global Spine Outreach é uma entidade filantrópica filiada à Scoliosis Research Society (SRS), maior organização mundial dedicada ao estudo e promoção de saúde para escoliose.

A escoliose é caracterizada por uma curvatura anormal da coluna que faz com que os portadores apresentem o corpo inclinado lateralmente, o que pode causar dores nas costas e até alterações na estrutura anatômica. Ela tem cura, e quanto mais cedo for diagnosticada, maiores são as chances de recuperação do paciente. O tratamento é feito com o uso de coletes, fisioterapias e, em alguns casos, é necessária a cirurgia de correção.